Instituído como um espaço permanente de valorização e preservação da memória, o LUME: Lugar de Memória nasce do desejo comum em sensibilizar mais pessoas sobre os períodos de repressão brasileira.

 

 

LUME: Lugar de Memória e a Promoção da Democracia

O encerramento do ano de 2022 marcou uma guinada rumo à restauração da democracia plena em nosso país. Nesse cenário, em meados de dezembro - especificamente no dia 15 daquele mês - foi reinaugurado o LUME: Lugar de Memória. Contando com o Seminário “LUME: Lugar de Memória e a Promoção da Democracia”, com os palestrantes convidados Márcio Seligmann-Silva (professor da UNICAMP), Deborah Neves (Coordenadora do Grupo de Trabalho Interinstitucional Memorial DOI-CODI), Ana Pato (Coordenadora do Memorial da Resistência), Marcos Gonçalves (Professor da UFPR), Judite Trindade e Aluízio Palmar (ex-presos políticos), o evento marcou a retomada das atividades do espaço, aberto desde 2018.

Tal reinauguração não foi o primeiro episódio de abertura ao público pelo qual o LUME já passou. Em 2018 e 2020 também houveram inaugurações, mas sem abertura efetiva  à comunidade. Nesta última, houve um anseio e grande esforço para que esse diálogo fosse estabelecido. O evento também marcou a abertura da nova sala do LUME, que conta com uma parede preservada da Penitenciária do Ahú, em funcionamento no prédio até o ano de 2006.

A solenidade para esse momento contou com a presença de membros do Tribunal de Justiça do Paraná, Ministério Público e Comitê Estadual Memória, Verdade e Justiça do Estado. O presidente do TJPR, Des. José Laurindo, bem como a Des. Maria Aparecida Blanco de Lima ressaltaram a importância do espaço para o fortalecimento da democracia e concretização de uma política de memória que não nos deixe esquecer dos anos de chumbo. Ivete Caribé, coordenadora do CEMVEJ, vê a concretização do LUME enquanto uma esperança de preservação da memória.